quinta-feira, 25 de março de 2010

A maldição ou como fazer teatro de bonecos sem bonecos. Funciona!



A Cia Nuvem da Noite transformou A Maldição do Vale Negro, texto do Caio Fernando Abreu e Luiz Arthur Nunes (já encenado com sucesso, Camila Pitanga e Marcos Breda), num teatro de bonecos sem boneco algum. E não é que funcionou, minha gente? No final das boas contas, a maldição ganhou cara infantil, sem perda do conteúdo adulto. Mais explícito: é "infantil", mas não leve as crianças.

“Teatro de bonecos sem boneco?” Tentarei descrever: num cenário de fundo preto, todos os atores usam malha preta; colado às malhas, as coloridas e pequenas vestes dos personagens. Não se fui claro (a foto acima explica melhor), mas tive realmente a sensação de ver bonecos no palco.

Agora, do que se trata: no século 19, um conde francês acolhe em seu castelo uma jovem órfã; adulta, ela será cortejada por um duque, para tormento do conde, e viverá, no meio do mato, encontros e desencontros típicos da telenovela que você acha ridícula.

Entre tragédias, comédias e uma trepada dos bonecos, um simpático vovô atua como narrador no canto do palco. Gostaram, crianças?

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Quero destacar o casal de ciganos, mas não sei os nomes dos atores. Vou me informar e depois incluo no texto.

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A Maldição do Vale Negro, da Cia Nuvem da Noite, de Ribeirão Preto-SP, foi apresentada na Casa Hoffman, entre os dias 21 e 24 de março.

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