sábado, 27 de março de 2010

Um ruído muito chato

Lembra quando você falou que não suportava teatro porque não suporta texto declamado e, pior ainda, mal declamado? Pois é... foi ontem no SESC da Esquina, onde a companhia paulista Auto-Retrato encenou O Ruído Branco da Palavra Noite.

Em cena, um grupo teatral propõe formas de montar peças do russo Anton Tchékhov, dos clássicos Tio Vânia e As Gaivotas. Antes que alguém da plateia acuse “você não entendeu a metalinguagem”, friso que há excesso de diálogos discursivos quando a ação, na peça dentro da peça, sugere naturalismo. Só isso em si já seria um baita pecado.

Há, porém, outro porém: o excesso de alternâncias, ainda que escoradas pela equação encanto pela obra + ensaio + representação, causa um anda pra lá e pra cá de um espetáculo que não sabe para onde ir.

Fique à vontade para falar que “a peça não quer ir a lugar algum, só absorver Tchékhov“. Respondo com um alívio: acabou!

O Ruído Branco da Palavra Noite, da companhia Auto-Retrato, de São Paulo, foi apresentada nos dias 25 e 26.

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