Lembra quando você falou que não suportava teatro porque não suporta texto declamado e, pior ainda, mal declamado? Pois é... foi ontem no SESC da Esquina, onde a companhia paulista Auto-Retrato encenou O Ruído Branco da Palavra Noite.
Em cena, um grupo teatral propõe formas de montar peças do russo Anton Tchékhov, dos clássicos Tio Vânia e As Gaivotas. Antes que alguém da plateia acuse “você não entendeu a metalinguagem”, friso que há excesso de diálogos discursivos quando a ação, na peça dentro da peça, sugere naturalismo. Só isso em si já seria um baita pecado.
Há, porém, outro porém: o excesso de alternâncias, ainda que escoradas pela equação encanto pela obra + ensaio + representação, causa um anda pra lá e pra cá de um espetáculo que não sabe para onde ir.
Fique à vontade para falar que “a peça não quer ir a lugar algum, só absorver Tchékhov“. Respondo com um alívio: acabou!
O Ruído Branco da Palavra Noite, da companhia Auto-Retrato, de São Paulo, foi apresentada nos dias 25 e 26.
sábado, 27 de março de 2010
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